sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Antonio Zanella comenta a importância do TCC

O jornalista Antonio Zanella traz à Semana Catarinense de Jornalismo a experiência vivida pós-banca de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), nesta quarta-feira à noite. Em dezembro do ano passado, ele apresentou aos professores da Estácio o documentário “Uma luz no fim do tudo”, que conta a história de Elias Diel (Figue), um surfista cego. Além da aprovação, o reconhecimento veio com exibições do trabalho em diversos festivais e o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema Aventura e Turismo de São Paulo.

No olhar do mar

Zanella conheceu o personagem da história por acaso. No entanto, no local certo: o mar. Foi pegando onda em Balneário Camboriú onde teve o primeiro contato com ele. “O cara tava ali do meu lado, vi pessoas instruindo ele lugar a onda ia quebrar. Fiquei curioso e fui atrás”, revela o jornalista de 22 anos, que quando criança, teve sérios problemas de visão.

A vida de Figue, hoje professor de Yoga, de 35 anos, é contada por amigos, familiares e pelo próprio, além das participações do surfista Rodrigo “Pedra” Dornelles e do músico Armandinho.


Zanella (à esq.) e Figue na praia de Balneário Camboriú

Logo após apresentar o trabalho, o recém jornalista ficou decepcionado com a nota 7, dada por dos professores da banca. Mas isso não foi motivo deixar o projeto de lado. Zanella, ao ver a emoção nos olhos dos amigos e familiares, decidiu colocar vídeo na internet e inscrevê-lo em vários festivais de cinema do país.

O resultado fala por si só: 2º Lugar Categoria TV Prêmio Unimed-SC 2009 ; vencedor melhor roteiro Festival de Aventura e Turismo de São Paulo; participação no projeto 5º Para Todos em Santos, promovido pela Rede Globo; entre outros.


O jornalista (à dir.) recebendo o prêmio de 2º lugar do Prêmio Unimed


Futuro como documentarista

Atualmente, Zanella trabalha como freelancer na produção e edição de vídeos institucionais e comerciais, e iniciou o curso de Direito para complementar o primeiro canudo. Já produziu trabalhos para TVcom, Rbs e SporTV. Pretende seguir no ramo audiovisual e fazer outros documentários sobre surfistas deficientes. Durante os festivais conheceu muita gente boa na área que o incentivaram a seguir em frente. Desde então, está de olho nos programas do governo de incentivo, e assim que surgir uma nova oportunidade garante que vai cair na onda.

Conselhos profissionais

Quanto ao mercado de trabalho catarinense para os recém formados, ele crê que o conservadorismo impera no estado. “Não dão oportunidades e quando dão não sabem aproveitar os profissionais e seus conhecimentos adquiridos recentemente. Preferem contar com os jornalistas antigos a nós, recém formados”.

A dica de Zanella aos acadêmicos é para que aproveitem ao máximo o curso e procurem estagiar na área que realmente se identificam. “Primeiro de tudo assim como na vida: fazer o que gosta. Acho interessante procurar focar - durante a faculdade - qual área você quer trabalhar e estagiar nela. Quanto mais experiência adquirir, independente da empresa, ajudará no currículo quando formado. Hoje tenho dificuldade para conseguir emprego em alguma assessoria, por exemplo, porque nunca trabalhei com isso”.


Assista ao documentário Uma luz no Fim do Tubo









Fotos: Arquivo Pessoal

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vida de gandula é vida boa

Assistir a partida do time do coração na beira do gramado sem precisar pagar ingresso; fazer exercícios físicos ao repor em campo as bolas que saem das quatro linhas; ter contato com os jogadores sem nenhum impedimento e, ainda, ser pago para isso. Sim, tem preço: R$ 20,00. Valor pago por jogo pelo Avaí aos seus gandulas.

Os pré-requisitos: ser avaiano, atento, esperto, chegar meia hora antes de cada partida e saber lidar com cada situação de acordo com o placar. O responsável pelos repositores de bola do clube, o roupeiro e também gandula, Márcio Santos, ou Marcinho, é quem explica. “Não adianta ser desligado. Se for não fica muito tempo com a gente”.


Com o mesmo grupo desde o ano passado, justamente, o último a ser dispensado da função era um desatento. Não ouviu o apito inicial do árbitro e atravessou o campo com o jogo em andamento. Para trabalhar na função, além dos requisitos citados, é preciso ser maior de 18 anos – exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente – e ter algum contato com algum integrante do clube. A maioria dos que estão ali foram convidados ou indicados por alguém.

A tática da equipe

Geralmente a trupe, com seis integrantes, entra no gramado junto com os jogadores. O esquema tático é um atrás de ambos os gols e dois na parte lateral de cada lado do campo. Uniformizados com tênis ou chuteiras, calção, meia até o joelho, moletom do clube, tudo na cor azul, e sempre com uma bola sob o braço, eles são induzidos a seguir algumas regras básicas da profissão.

Quando a equipe da Ressacada está ganhando, atrasar a reposição. Caso contrário, sebo nas canelas. A bola tem que estar o quanto antes em campo. No jogo contra o Cruzeiro, antes de iniciar o segundo tempo, o score marcava 1x0 pro time mineiro. Marcinho explicou que a tática a partir daquele momento seria “dar o gás” na hora de repor. “Se for escanteio, a bola tem estar lá prontinha em cima da linha pra cobrança ser feita sem demora”.

Além da rapidez nos casos desfavoráveis ao time da casa, também existe a pressão verbal: xingar o goleiro adversário. Segundo os gandulas, a troca de palavras de baixo calão é comum. Durante o campeonato catarinense do ano passado, justo num clássico contra o Figueirense, a coisa esquentou.

O Avaí perdia, quando o oficce boy Anderson Belo, 22 anos, outro membro da equipe, passou realizar essa troca de “cordialidades” com o goleiro reserva do time do continente. Surgiu uma muvuca em frente ao banco de reservas e Belo, já com os nervos a flor da pele, chutou areia contra o atacante Rodrigo Fabri.

O jogador não deixou barato e o agarrou pela camisa. A confusão não passou disso, mas rendeu ao avaiano a expulsão de campo e um “vamos deixar assim” dos dirigentes do Furacão do Estreito.

As regras

No Brasil e no mundo já houve casos de gandulas que fizeram, evitaram e forjaram gols. Para os mais curiosos é possível encontrar cenas assim no You Tube. No Avaí, há poucos anos, um deles jogou a bola no meio do campo para tentar impedir o tento do time adversário. Porém, não teve sucesso. Com intuito de evitar casos como esses, a CBF passou às federações estaduais a responsabilidade de escalar e treinar os profissionais.

Mas na prática não funciona. As próprias federações alteram as normas e passam aos clubes tal dever. Quanto as punições, elas são raras, mas algumas já sentenciadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), já até eliminaram gandulas infratores do futebol.

Além dos riscos de discussão e agressão, também há necessidade de ficar atento quanto as boladas. Enquanto conversava com Anderson, um atacante do Cruzeiro fuzilou a bola contra a meta de Eduardo Martini, só que para fora, e por um triz não me acertou. Ali seria nocaute. Nessas horas, de acordo com o gandula, a saída é tentar se esquivar dela, e quando não há escapatória se arriscar a defendê-la.

Momentos sem tensão

Com olhar fixado para o jogo, escorado na grade de proteção e com um copo de refrigerante na mão, o outro repositor e roupeiro dos juniores, Gilberto Robgol, 37, apelidado por causa da semelhança com o ex-jogador nordestino Robson, disse que essa partida foi calma. Ele repôs uma média de 15 bolas.

Quando é movimentada a quantia dobra. Quem também estava vidrado na disputa era o oficce boy Leandro Belo, 19 anos, irmão de Anderson. Sentado na lateral do gramado, em cima do carro-maca, com as pernas cruzadas e mascando chiclete, acompanhava apreensivo os lances do time.

Profissão com nome estranho, hein

Questionados se sabiam a origem do nome da profissão que atuam, nenhum soube responder. Porém, pode-se dizer que a história é parecida com a deles. Gostar de futebol, querer ajudar os companheiros que estão dentro de campo e não ser lá um bom jogador. Foi assim que o atacante argentino Bernardo Gandulla, do Vasco da Gama, inventou a ocupação.

No final da década de 30 passada, sem conseguir adaptar-se ao futebol carioca, ele tomou a iniciativa de auxiliar os colegas indo buscar as bolas que saiam do gramado. Logo após a construção do Maracanã, em 1950, já com pessoas destinadas a função, a imprensa apelidou os buscadores de bola com o sobrenome do jogador. Dos seis gandulas do Avaí quatro foram ex-jogadores da base do clube, que não tiveram sucesso com a bola nos pés.

A gratificação

O cargo de gandulas também rende presentes, reconhecimento e a amizade dos próprios jogadores. Não é por menos, também. O que seria dos jogadores sem os colegas ali de fora para ir buscar as bolas? Simples, os próprios teriam que ir pegá-las. Marcinho que é roupeiro do profissional é o que tem mais proximidade com os atletas, já que viaja sempre com o grupo.

Os outros que acompanham somente os duelos na ressacada não ficam por menos. Camisas, calções e caronas de carro com os ídolos também contam. Anderson resume: “Que maravilha. Não quero mais nada”.

Gandula salvador de gol

Segue aí um vídeo do You Tube de um tira-gol:

domingo, 27 de setembro de 2009

De teia em teia

Calçadão da Filipe Schmidt, no centro de Florianópolis, segunda-feira com o céu nublado. De repente um homem baixinho, aparentando ter 40 e poucos anos, começa a gritar, em frente a uma loja de discos:

– A polícia está chegando! Parem de brigar! Parem!

Um camburão do Pelotão de Patrulhamento Tático da Polícia Militar (PPT) se aproxima devagar pela mesma rua em direção ao sujeito, e ele, agora aparentemente mais inquieto e batendo palmas, continua:

– Vocês vão ser presos se não pararem!

As pessoas que circulam pelo local param e começam a rir da cena. O veículo, com cinco policiais – todos de óculos escuros –, estaciona ao lado do homem, próximo à igreja situada na esquina da Rua Deodoro com a Filipe Schmidt . O sujeito “gritão” não titubeia e vai até a porta da caminhoneta e os cumprimenta.

Com sorriso de orelha a orelha, pergunta como eles estão. Os militares sorriem discretamente, trocam reverências e apontam para os objetos que estavam ao chão, em cima de um tapete vermelho, em frente à loja. O homem entende o sinal e vai buscá-los.

– Podem levar esses dois – diz.

O motorista afirma que quer só um. Dá R$ 2 ao homem, sorri novamente e segue com o carro em direção a praça central da cidade.

Enquanto isso, o povo segue no riso.

Como assim?

Bem, agora vocês devem estar se perguntando qual era o objeto vendido? E também, quem estava brigando? Ok. Eu revelo a charada. Trata-se do Homem Aranha.

Não, não aquele de Nova York, que pula nos arranha-céus, mas sim de um bonequinho de plástico – com silicone na mão e nós pés que, após ser lançado na parede, desce escorregando – vendido ali mesmo. E o sujeito? Trata-se de Antônio Eduardo Vieira, também conhecido como o cara do Homem Aranha ou, apenas, Eduardo.

E por que, eles iriam presos? Não, os bonecos não iriam presos e nem estavam brigando. Somente estavam grudados um ao outro, e Eduardo aproveitou o momento e sua criatividade para fazer uma das coisas que mais sabe: arte. Essa que faz boa parte dos clientes ficarem encantados, caírem no riso e, muitas vezes, levarem pra casa o brinquedo.

De volta para o passado

Taxista, cobrador de ônibus, vendedor ambulante, engraxate, divulgador, professor de caratê, massagista, palhaço e animador de festas. Essas foram algumas das profissões de Eduardo, 42 anos. Desde criança, o mineirinho de Montes Claros já pegava no batente engraxando sapatos para ajudar no sustento da família.

Aos 24, teve uma descoberta na vida: a veia artística. A partir daí, resolveu deixar a cidade natal e foi para Campinas, com sua irreverência, bom humor e improviso, tentar ganhar a vida vendendo bala na rua. Começou com os doces e, tempo depois, foi parar nas artes marciais.

Quem olha não imagina, mas ele é faixa preta e campeão mineiro de caratê, e luta capoeira e jiu jitsu. Inclusive, já foi dono de academia na cidade de Campinas. Lugar onde conheceu a segunda e atual mulher. Ele, na época com 28 anos, e ela, sua aluna, com 14.

Arregalei os olhos quando soube e perguntei o que os pais dela acharam? Ele respondeu sorrindo. “Ah, ficaram loucos comigo, mas tiveram que aceitar”. Hoje são cinco filhos - três da primeira esposa e dois da segunda - e dois netos.

O filho homem mais velho, Magaiver Vieira, 21, nome dado em homenagem ao seriado de ação, segue os passos do pai. O jovem trabalha como divulgador da Farmácia Real, também no centro. No local dos “aranhas”, em frente à loja Cd Company, ele estava por lá e revelou que boa parte do que sabe foi o pai que ensinou.

O ganha pão com o Aranha

Foi em São Paulo, no ano de 1995, após ver um vendedor fazendo teatro para vender os mesmos bonecos, que Eduardo percebeu que poderia entrar nesta empreitada e quem sabe até aprimorá-la. Talento ele tinha. E foi o que aconteceu.

– Vi o rapaz encenando aquilo e resolvi fazer igual. Em pouco tempo já estava vendendo mais que ele – conta.



Veio para Florianópolis em 1996, já com os brinquedos embaixo do braço. O sucesso por aqui foi tanto que resolveu ficar. São mais de 13 anos em frente à loja Cd Company. E nunca foi cobrada nenhuma quantia pelo espaço. Para Eduardo, quem tem amigos, tem tudo. Graças à amizade com a chefia e funcionários do local, ele está até hoje ali.

Fui até o gerente do estabelecimento, Edson dos Santos, e perguntei se os cliente da loja ou os próprios funcionários nunca ficaram cansados das piadas e dos gritos do artista vendedor.

- Olha, as pessoas que se irritam incomodam mais que ele. O cara está ali trabalhando. Às vezes a gente se distrai com a música que rola aqui na loja e nem percebe o falatório. E o que nos divertimos com as piadas dele. De vez quando ele sai com umas, que o riso é certo.

- E quanto ao marketing que ele faz pra vocês? – perguntei.

- Ah, ajuda bastante. Ele ta ali jogando os bonecos da parede da loja, querendo ou não, isso atrai as pessoas. E também faz um merchan: ‘A melhor loja de cds da cidade’. Sem contar, que quando o troco acaba, vamos ali e já trocamos.

Os risos não ficam somente para o pessoal na loja. Muitos passam, olham, se assustam, cumprimentam, param, caem no riso. Eduardo estudou até a 8ª série, mas tem visão de marketing de muita gente com canudo de Ensino Superior.

Em nosso primeiro contato, ele levou a esposa e os dois filhos. A menina, 12, e o menino, nove, faziam a plateia. Bom, se tem gente assistindo é porque tem alguma coisa ali. Já é um atrativo. Quando as pessoas param para ver ele já aborda com simpatia: “Qual seu nome, menina?”. E aproveita para enganchar na mercadoria:

- Menino (boneco) desce daí, a Priscila tá aqui embaixo e quer falar contigo!

A esposa é quem faz o papel de caixa, enquanto o show fica por conta dele.

Há quem pare no local até para relaxar durante o intervalo de trabalho. É o caso do auxiliar financeiro Mychel Jair de Souza. Na opinião dele, pelo que vê durante os minutos em que prestigia o “espetáculo”, muitos compram o brinquedo mais pela encenação do que pelo boneco em si.

No manual de instruções, consta que o brinquedo é para todas as idades. Mas são as crianças que mais ficam impressionadas. Algumas ficam até de queixo caído. E quem não faz a vontade do filho por apenas R$ 2? Se algum pequenino passa chorando, Eduardo solta o grito. “Não chora. Olha o Homem Aranha, ele lá em cima te cuidando, hein”. Quando avós ou pais levam algum pra casa, ele também aproveita pra arrancar sorrisos.

- Seu filho, minha senhora, vai adorar. Aproveita e leva outro para seu marido também pra ele não ficar com ciúmes.

Ainda há uma série de outros slogans que merecem ser destacados (todos aos gritos):

– Para! Para! Para!;

– Por que ninguém encontra em loja? Porque esse é o único que vem direto de Hollywood;

– Mais de 50 mil pessoas passaram por aqui ontem, minha gente;

– Calma! Façam fila, tem pra todo mundo;

– Não abre as pernas assim, que tu não é o Van Dame!;

– Ele é o mais completo: treinamento do Jack Chan, manobra do Jet Lee, giro do macaco louco;

– Tia May, o Peter Parker está procurando a Mary Jane.

É impressionante o quanto o cara é conhecido pelo centro. Não consegui contar o número de gente que passou e o cumprimentou. Não é por menos. De terça à sábado, pela parte da tarde, ele sai de Forquilhinhas e vai pro batente no centro da capital. E as pessoas que circulam por ali não enjoam? Então, aí vai outra jogada de marketing.

No inverno, Eduardo bota o Homem Aranha para descansar e sai pelo centro a vender lanches e café nas lojas. E durante o resto do ano, às vezes, utiliza a venda de seu outro companheiro, o “Willy Vedita” – marionete de papel do personagem de desenho japonês que se mexe a partir de um fio quase invisível preso no joelho do artista – para obter a renda da família. O processo é mesmo: interpretação, bom humor e arte.

O sucesso e o futuro

Durante todo esse tempo, na vida de Eduardo, história é o que não falta. Pedi para que me contasse algumas. Ele coçou um pouco a cabeça e não demorou muito para começar as revelações.

Três argentinas viram sua apresentação, no ano passado. Ficaram encantadas e convidaram-no para ir embora com elas para a Argentina. Perguntei a ele para fazer o quê por lá? Resposta: “o que fazer eu não sei. Só sei que elas acharam que eu era solteiro”.

Pra quem pensa que o dinheiro entra no bolso todo o dia, se engana. Certa vez, na Oktoberfest de Blumenau, ele e a esposa, num dia inteiro, venderam apenas um boneco. Mas, a média atual não é de se queixar. Diariamente, durante a baixa temporada, são vendidas cerca de 200 unidades. Lucro em torno R$ 400. No verão, o dobro ou até o triplo.

Se tem algo que os vendedores ambulantes temem é a fiscalização. No caso de Eduardo, o respeito mútuo com eles garante o bom relacionamento.

– Quando pedem para retirar os produtos, eu entendo e os guardo. Nunca levaram nada. Eu acho que porque respeito eles. Muitas vezes passam, cumprimentam e fica tudo numa boa.

Há quatro meses seguidor fiel da Igreja Batista, o antigo católico auxilia os amigos que encontra na rua. Um catador de latinhas passou pelo local, ele o chamou e deu-lhe R$ 2 para comprar lanche. E deu o recado: “é pra comer, não é pra cachaça”.

Com duas teias e algumas aranhas tatuadas em ambos os braços, em referência ao produto que lhe dá o pão de cada dia, no futuro ele pensa em deixar a atual labuta de lado. O novo projeto em mente é montar um restaurante para vender marmitas, no local onde mora, em Forquilhinhas.

Antes de sair e terminar a nossa longa conversa, perguntei: qual teu maior sonho?

- Criar um ministério, uma igreja. Mas diferente das muitas que se têm aí hoje. Uma que ajude as pessoas. Façam elas se sentir bem e felizes consigo mesmas.

Para quem arranca gargalhadas do público com arte, carisma e o auxílio de um simples boneco, de teia em teia é possível ir longe.

Humanos e Fraternos

Vemos tantas atrocidades cometidas por nós contra nós mesmos mundo a fora e sempre estamos em busca de um por que.
E por que não tentarmos ser mais irmão com nossos irmãos, independemente de cor, credo e classe social?
Difícil? Talvez. Impossível? Não.

Abaixo, o vídeo do magnífico discurso "I have a dream", de Martin Luther King. Já tinha visto ele uma vez, no entanto, meu caro amigo Silvestre, dono do Ô Pedubó! me passou, por ventura, esses dias o link. Vi, me encantei e também me arrepiei.

Está aí, a fala de um dos mais celébres líderes humanistas que o mundo já viu. O discurso lembra um tanto as palavras ditas por Barack Obama, na posse como presidente do EUA, no início do ano. Talvez tenha servindo de inspiração . Vale a pena assistir e refletir.


O mistério do Ministério Público

Ele é tão falado pela mídia. Tá sempre defendendo o cidadão, a natureza e a sociedade num todo. Um dos seus principais papéis é fiscalizar os governos. Digamos, o Justiceiro Social, também conhecido como Ministério Público.

Pois é gente. Mas no final das contas pouco sabemos sobre esse órgão público. E com o intuito de divulgar qual a função do MP perante a socidade, o Ministério Público de Santa Catarina criou no, final de 2008, um vídeo institucional mostrando os casos em Promotor de Justiça pode atuar. Vale destacar que essa iniciativa é pioneira entre os órgãos do Sistema de Justiça Brasileiro.

Outros vídeos podem ser assistidos no Canal do MP de Santa Catarina no You Tube.

Aqui o vídeo Os Direitos do Cidadão e o Promotor de Justiça, produzido pela Assessoria de Comunicação do MP catarinense.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os altos e baixos da Gripe suínA

Morrem mais pessoas. Mais casos confirmados em Florianópolis, em Santa Catarina, no Brasil e no mundo. De acordo com o Estadão, hoje, o número de mortes no país já chega a 314. São Paulo, com 133, e Rio Grande do Sul, com 70, lideram o ranking. Aqui na Santa e Bella, são oito óbitos.

Creio que sejam números um tanto relevantes para quatro meses de circulação do bichinho em nosso país.

Desinformação

A nossa mídia faz um escarcéu sobre o assunto. Logo no início, deu-se a entender que seria o fim dos tempos.

Mas peraí. Calma!

A coisa apertou, o povo se alarmou. Todo ficou mundo desesperado. E, por alguma influência, talvez os hospitais mais lotados que o normal, a ineficiência do governo em controlar as informações e o alastramento do sr. H1N1, o poder político em cima da imprensa para acalmar a situação, as coisas simplesmente ficaram totalmente confusas.

Vale a pena frisar, que grande demanda para o único fabricante do Tamiflu, remédio que ajuda a combater o vírus - já que a OMS prefere manter situação do jeito que está e não liberar a fabricação dos genéricos - também pode (de PODER) ter influnciado os veículos de comunicação a puxarem os freios.

Vamos agora para o resultado parcial da Mega-Gripe

Aos embalos do Thrillher (a morte de Michael, tirou um pouco a atenção da nova gripe), o susto é visível nas ruas. Até então, só via pela TV o povo usando máscaras na rua. Achei frescura.
Mas é vivendo e aprendendo. Outro dia tive de ir ao Rio Grande do Sul, de ônibus, e na rodoviária vi a primeira pessoa usando a proteção nasal/bocal. Sim, um susto. O pior foi dentro do busão. Havia três pessoas com ela.

Assustador sim. Fiquei psicologicamente abalado. Perguntas surgem. Será que se eu não usar posso pegar algo? Será que o risco não triplica com um ônibus fechado, só com o ar-condicionado circulando o ar? Resposta: fui até minha cidade com um casaco tapando a minha cara. Até agora tô vivo e sem gripe.

O lado bom da coisa

Pelo menos o brasileiro vai se tornar mais caprichoso. Lavando as mãos para tudo. E até se é possível recriar modas ou relembrar dos tempos de Mortal Kombat, com o sucesso das máscaras.

E sim, todos os males vêm para o bem. Até pra conscientizar o povo. Na real, acho o principal. Por trás de tudo, existe uma mãozinha. Exemplos não faltam. Maaaas aí, já é outra história.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Estudantes de SC se mobilizam contra a Corrupção

Cerca de dois mil estudantes marcaram presença no encontro contra a corrupção, na tarde da última sexta-feira (27) em Florianópolis. Oriundos de todas as partes do estado, as crianças e adolescentes pintaram de branco a região em torno do trapiche da Beira-Mar Norte.

Com o título O que você tem a ver com a Corrupção?, o evento da campanha, idealizada pelo Ministério Público de Santa Catarina, teve a participação dos artistas globais Milton Gonçalves e Rafael Almeida, de jogadores do Avaí e Figueirense, de representantes de entidades locais e apresentações artísticas.

Quem fez a abertura das atividades foi o Coral do Tribunal de Contas do Estado, com belas canções, na maioria, ilhéus. Logo após os discursos cerimoniais, o consagrado ator Milton Gonçalves entrou no palco surpreendendo a todos, com a interpretação de seu último personagem de uma novela, o deputado corrupto, Romildo Rosa. Já incorporado em Milton o político discutiu com Promotor de Justiça Affonso Ghizzo - Coordenador da campanha - e revelou que não se importava com a maneira que ele ganhava dinheiro, pois fazia o que fazia somente para sobreviver.

O que se ouviu dos estudantes foi: "Não, não, não a Corrupção". Não demorou muito para que as autoridades locais também entrassem no grito.

O chefe administrativo do Ministério Público de Santa Catarina, o Procurador de Jusiça, Gercino Gerson Gomes Neto, também deu o recado para os estudantes. A declaração vem do site do MP. "A força do grito de vocês (crianças e adolescentes) impulsiona o Ministério Público a lutar contra a corrupção". "Vocês devem sair daqui e transferir essa ideia para 10 pessoas. Depois, cada uma dessas 10 pessoas passará a idéia para mais 10. É como jogar uma pedra num lago: primeiro se faz uma marola, depois uma onda e depois um tsunami contra a desonestidade e contra a corrupção", completou Gercino.

As bandas da capital, Salamantra e John Bala Jones fecharam o evento.

Informação, ação e consciência

Primeiramente uma salva de palmas para o Ministério Público de SC, que através do promotor Affonso Ghizzo, teve a força de vontade de criar campanha de âmbito nacional. E também as entidades - Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) e Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP) - que deram o apoio para que ela se concretizasse.

Pois bem. Até pouco tempo, eu vivia falando, xingando, reclamando e deitando o sarrafo nos carinhas lá de Brasília. Mas e eu? O que eu tenho a ver com tudo isso? Um dia meu pai me abriu a mente. A frase dele foi mais ou menos assim: " Tu acha que os que estão no poder não são brasileiros? São sim. Quem faz os político é o povo. Quem faz a sociedade é povo. Quem elege eles? Nós. E mais, atos que achamos normais como jogar lixo no chão, furar fila, pegar o troco errado e não devolver, são pequenas formas corrupção."

E, é claro, que no meu ver, é bem isso mesmo. Mas quem se toca? Quem reflete sobre isso?
Poucos. Essas iniciativas são brilhantes e merecem ser seguidas e divulgadas. Foi muito bonito ver aquela quantidade de criançada e aborrecentes lá no Trapiche da Beira-Mar, na sexta.

Talvez muitos não tenham entendido o recado.
Outros tenham, mas possa ser que não acatem as ideias. Porém, o principal foi feito. A semente começa a ser plantada.

E tem que ser com os pequenos mesmo. Com os vividos a coisa é um pouco mais complicada. Olhemos para alguns políticos, cidadãos, vizinhos, amigos, para nós mesmos.. Não que seja impossível essa mudança, mas difícil, isso é.

Corrupções exóticas

Participei da entrevista exclusiva feita com o Milton Gonçalves pela Assessoria de Comunicação do MP, e dentre os inúmeros exemplos de corrupção dados por ele, como comprar mercadorias piratas, enganar o outro para se dar bem, usufruir de um bem público (usar telefone, muito comum), extrai um importantíssimo. Na verdade dois. O do telefone, que raramente faço (sim, sou corrupto) e o que acontece com mais assiduidade: cuspir na rua.

É, também me assustei, e quase caí no riso.

Segundo o Tio Milton esse ato também é corrupção. E concordo com ele. Onde está a ordem? O respeito mútuo? A higiene? Nada agradável ver alguém cuspindo, olhar aquela meleca verde no chão, ou ainda pior, pisar na gosma pegajosa. É...

E pra fechar com chave de bronze: Parabéns ao MP e consciência para nós.

Boa Semana

sexta-feira, 20 de março de 2009

Funcionário de lanchonete é preso por colocar alface no nariz

Um funcionário de um bar, no interior da Inglaterra, foi condenado a prestar 300 horas de serviços comunitários por causa de uma brincadeirinha nada higiênica com alfaces, segundo o site Terra. Richard Benjamin Shannon, de 22 anos, colocou folhas da salada dentro da nariga e acabou levando a pior após uma outra pessoa filmá-lo no ato do "crime" e ter posto o vídeo no You Tube.

A denúncia foi feita depois de uma cliente do estabelecimento ver as imagens no site. Por causa da ira com o funcionário, ela foi até o bar e jogou uma cadeira no rapaz. Daí a casa caiu.

Segundo a juíza que julgon Shannon, ele evitou ir pro xadrez - até 6 meses de prisão - porque admitiu no primeiro depoimento a sacanagem. E ainda contou que a alface não chegou a ser consumida. Foi pro lixo antes.

Eu não acredito.

Será isso não acontece por aqui?

Vocês não sabem o receio que tenho de comer nesses restaurantes mundo afora. Já existem muitas lanchonetes que têm as cozinhas expostas para os clientes. Justamente com a intenção de mostrar o quão limpo e higiênico é o setor.

Mas não é o que vemos. Lá na cidade onde me criei, Tramandaí no litoral gaúcho, existem algumas lancherias - na verdade, uma em especial - que possui esse ambiente exposto ao público.
É aí que a coisa fica preta, ou melhor, suja. Seria muito mais sensato deixar limpo, ainda mais que tá ali, escancarado. E está bonitinho e limpinho? TÁ É NADA.

Já fui e vou com frequência nesse local, porque realmente o xis é bom, porém, não aconselho ninguém a dar uma olhada mais afundo. Os chapitas pegam os pães com as mãos, pegam o papel com o pedido e põem a mão no pão de novo. Depois limpam o suor da testa com o pulso e pegam no cabo da espátula e colocam a mão no pão outra vez. UMA NHACA FEDERAL.

Pois é. Desde piá tenho esses receios com a limpeza de lanchonetes e afins. E fico mais encasquetado ainda, quando vejo essas coisas.
Creio que a fiscalização deveria ser muito maior por parte dos órgãos de saúde. Certo dia, um conhecido meu, fiscal da Secretaria de Saúde dessa mesma Tramandaí, foi num outro estabelecimento e me disse que o lugar era deplorável. Sujeira na cozinha, óleo vencido, entre outras coisinhas a mais. E aí, fico mais louco ainda porque a espelunca não foi fechada.

É, e isso não se restringe só a cidades de interior. Aqui mesmo em Florianópolis, já fizeram várias reportagens sobre esse assunto e vários lugares estavam trabalhando de maneira imprópria.

Coideloco
Vamos abrir o olho gentem.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Pedofilias, aborto e a Igreja

Os casos de pedofilia que vêm assolando o país nos últimos anos estão cada vez mais veementes. Deixam de boca aberta qualquer pessoa. Mas, tenho umas perguntas perante aos fatos. Será que isso já não ocorria em outros tempos? Esses casos não estariam apenas sendo mais divulgados, atualmente, pela mídia? E própria mídia não estaria influenciando esses homens, e também, mulheres - de forma mais corriqueira- a cometerem atos de pedofilia?

Bom, creio que as respostas para as perguntas tem um pouco de sim e de não. Nós vemos somente o lado da vítima. E o agressor? E os futuros agressores? Ao mesmo tempo que a imprensa deita o sarrafo com matérias tendenciosas em cima dos caras, no meu ver, deviam tentar educar, conscientizar e tratar essas pessoas.

A raiva, a ira, e, até, o nojo que sentimos é de praxe. Mas antes de tudo, esses sujeitos são seres humanos. Sim, eles são. O porquê dos atos eu não faço a mínima ideia. Segundo psicólogos, isso são desvios de conduta sexual, no mais coloquial, problemas mentais com tendêcias libidinosas, e isso requer tratamento. Assim como o estupro e atentando violento ao pudor. E creio seja dever da mídia explanecer formas de tratamento, orientações e indicações de médicos, para pessoas que sintam atração sexual por crianças. O problema é identificado, mas é a solução?

O aborto e os pitacos da Igreja

O recente caso da menina de nove anos que, segundo a polícia, foi abusada pelo padastro e estava grávida de gêmeos, é outro caso que assusta. A criança era molestada desde os seis anos de idade. Os médicos decidiram realizar o aborto, pois a menina corria sérios ricos de vida. Os argumentos usados: a idade imprópria, baixo peso e o fato de ela ser franzina, o que ocasionaria perigo na hora do parto. De acordo com os médicos, também houve o pedido da mãe da vítima, que desejaria um aborto, já que se tratava de um estupro. Tanto o agrumento dos médicos e o da mãe da menina são indicações permitidas para o aborto, no Brasil. Até aí, somente a dor dos familiares e da vítima.

Mas, quando menos se espera, aparece uma velha conhecida do ser humano, a Igreja Católica. Sim, ela que sempre pregou o amor, a paz e a fraternidade - vamos esquecer das Cruzadas, Inquisições, entre outras disputas por poder que assolaram nosso planeta por quase dois milênios - veio por intermédio do arcebispo de Olinda-PE, dom José Cardoso Sobrinho, condenar o ato dos envolvidos no caso. E tem mais, além de sair argumentando que a lei de Deus é acima da dos homens, o arcebispo excomungou-nos, o que quer dizer, os expulsou da Igreja.

Até o Lula deu o ar da graça

O nosso tão questionado Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, também opinou sobre o caso. Segundo o site de notícias G1, Lula disse que nesse caso, perante todos argumentos, "a medicina está mais correta que a Igreja". Àqueles que vivem criticando o homem, creio que o nosso companheiro falou bem.

E?

Pois então. Reflexionando, refletindo e analisando. Quer dizer que seu marido, namorado, tio, avô, vizinho, pedreiro, jardineiro, "ficante" ou ainda outros, abusa sexualmente de sua filha, engravida-a, caso a gravidez seja levada adiante a vítima corre risco de vida, e a culpada ainda é você, mãe? E ainda os médicos, que são os "anjos" da história, também carregaram a cruz. Impressionante não?

Agora sim, na minha opinião e também na de outras milhares de pessoas, incluindo nosso presidente, os médicos e a mãe estavam com plena razão. Para que deixar o tempo passar e os riscos ficarem mais sérios?

Quanto a excomungação, o bispo, que faz parte de uma ala conservadora da Igreja Católica, para mim, ganhou fama, imagem e talvez alguns discípulos em cima desse caso. Eu não ia me preocupar se me expulsassem de uma instituição dessa, que crê muito mais na Lei de Deus do que na lei da vida. E eu também pergunto, quem inventou as leis de Deus? Deus escreveu em um papiro em o enviou via sedex? Pelo que me consta houve alguns concílios para algumas decisões e leis da Igreja Católica. Concílios feitos por homens, não por Deus. E ainda o frade saiu com mais uma. Afirmou que perdoava o homem que abusou da criança, mas não faria o mesmo com os médicos e com a mãe.

__

Para mim, apesar dos pesares, o homem merece o perdão e também a ajuda.
E os médicos, a vítima e familiares o nosso respeito neste momento de dor.

É uma lástima um caso desses. E que a cada dia, vemos mais e mais nas manchetes.
É preciso haver consciência de toda parte e nosso auxílio aos necessitados tanto aos culpados quanto as vítimas.

__

Boa Semana

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

40 Erros que os homens cometem na hora H.

Um ótimo que artigo que encontrei em um blog, nessas minhas adanças pela tal da grande rede. Vale a pena ler, se é verdade ou não, só testando. Então, dêem uma lidinha e depois executem tudo o que foi dito.
;)

___

NÃO BEIJAR
Evitar os lábios e ir direto às zonas erógenas faz com que ela se sinta como se você estivesse pagando por hora e tentasse fazer o dinheiro valer cortando partes não essenciais. Um beijo apaixonado conveniente é a forma de preliminar definitiva.

NÃO GOZAR NUM TEMPO RAZOÁVEL.
Você pode achar que transar por 2 horas sem chegar ao clímax é a marca de um deus do sexo, mas pra ela isso significa uma vagina ardida e dolorida no dia seguinte. Se você insiste no papel babaca de Homem-Maratona, use um bom lubrificante à base de água e deixe a TV ligada na novela, para que ela possa se distrair durante a sua "performance".

NÃO FAZER A BARBA.
Freqüentemente você se esquece de que tem um porco-espinho atado ao seu queixo, o qual você arrasta repetidamente através do rosto e das coxas da sua parceira. Quando ela vira a cabeça de um lado para o outro, isso não é paixão, ela está tentando se esquivar.

ESPREMER OS SEIOS DELA.
Quando botam as mãos neles, a maioria dos homens age como uma dona-de-casa experimentando um melão para ver se ele está maduro. Afague-os, acaricie-os e alise-os.

ABOCANHAR OS MAMILOS
Por que os homens se grudam nos mamilos de uma mulher e depois os tratam como se quisessem esvaziar o corpo dela pelos seios? Mamilos são extremamente sensíveis. Eles não resistem a mastigação. Lamba e sugue gentilmente. Dar-lhes pancadinhas com a língua de um lado ao outro é legal. Fazer de conta que eles são um brinquedo de cachorro não é.

TORCER OS MAMILOS DELA.
Pare de fazer aquela coisa de girar os mamilos entre o indicador e o polegar como se estivesse tentando sintonizar uma rádio numa área montanhosa. Concentre-se nos seios como um todo, não só nos pontos de exclamação.

IGNORAR AS OUTRAS PARTES DO CORPO DELA.
Uma mulher não é uma via expressa com somente três saídas: Peito Leste e Oeste, e o Túnel do Meio. Existem vastas áreas do corpo dela as quais você freqüentemente ignora quando passa direto para Vagina Central. É hora de começar a lhes dar atenção.

ENROLAR AS MÃOS.
Falta de destreza manual na região sub-saia pode resultar em dedos e roupas de baixo torcidas. Se você fôr tão direto assim, peça a ela que tire logo o troço todo.

DEIXAR-LHE UM PRESENTINHO.
Jogar a camisinha fora é responsabilidade do homem. Você usa, você descarta.

ATACAR O CLITÓRIS.
Pressão direta é muito desagradável, portanto gire gentilmente seus dedos pelas laterais do clitóris.

PARAR PRA RESPIRAR.
Diferentemente dos homens, mulheres não continuam de onde foram deixadas. Se você parar, elas voltam para a casa número 1 bem depressa. Se você perceber que ela ainda não chegou lá, continue custe o que custar, mandíbula dormente ou não.

DESPI-LA ESTUPIDAMENTE.
Mulheres destestam parecer estúpidas, mas é exatamente o que ela vai parecer ao ficar nua da cintura para baixo com um suéter enrolado na cabeça. Desembrulhe-a como um presente elegante, não como um brinquedo de criança.

ATOCHAR A CALCINHA DURANTE AS PRELIMINARES.
Acariciá-la gentilmente através da calcinha pode ser bem sexy. Atochar o tecido entre as coxas dela e ficar puxando pra frente e pra trás náo é.

SER OBCECADO PELA VAGINA.
Embora a maioria dos homens possa achar o clitóris sem mapas, eles ainda acreditam que é na vagina que acontece tudo. Tão logo sua mão esteja lá, você age como se estivesse tentando pegar a última batatinha num canudo de Pringle’s. Isso está correto em princípio, mas se você não for cuidadoso (e tiver cortado as unhas), pode machucar – portanto, não se empolgue. A princípio, é melhor dar atenção ao clitóris e ao exterior da vagina, e então inserir gentilmente um dedo e ver se ela gosta.

MASSAGEM GROSSEIRA.
Você tenta dar a ela uma massagem sensual, relaxante, para deixá-la no ponto. Pode usar as mãos e pontas dos dedos; cotovelos e joelhos, não.

TIRAR A ROUPA DEPRESSA DEMAIS.
Não force a barra tirando a roupa antes que ela tenha feito algum gesto para ver o seu material, mesmo que seja apenas desabotoar dois botões.

TIRAR AS CALÇAS PRIMEIRO.
Um homem de meias e cuecas é horrível. Tire as meias primeiro.

INDO DEPRESSA DEMAIS.
Quando você parte para a situação pênis-na-vagina, a pior coisa que pode fazer é bombear como se fosse uma ferramenta industrial – ela logo vai se sentir como uma operária de linha de montagem tornada obsoleta pela sua tecnologia. Aumente o ritmo vagarosamente, com arremetidas limpas, retas e regulares.

INDO COM FORÇA DEMAIS.
Se você bater seus grandes ossos dos quadris contra as coxas ou o estômago dela, a dor será igual a duas semanas de cavalgada concentradas em poucos segundos.

GOZAR DEPRESSA DEMAIS.
É o medo de todo homem. Com razão. Se você dispara antes de ver o branco dos olhos dela, certifique-se de que tem um plano “B” para assegurar o prazer dela.

DAR UM CHUPÃO NA ORELHA.
Seja franco: algum cara na escola lhe contou que as garotas adoram isso. Bom, há uma diferença entre ser erótico e chupar como se você estivesse tentando fazer respiração boca-a-boca num hipopótamo. Isso machuca.

PERGUNTAR SE ELA GOZOU.
Realmente, você deveria ser capaz de perceber. A maioria das mulheres faz barulho. Mas se você realmente não sabe, não pergunte.

FAZER SEXO ORAL COM GENTILEZA EXCESSIVA.
Não se comporte como um gato gigante num pires de leite. Coloque a boca inteira lá e concentre-se em rodar a língua gentilmente ou dar petelecos com ela no clitóris.

CUTUCAR A CABEÇA DELA.
Os homens insistem em fazer isso até que ela olhe-pro-pênis, esperando que isso levará rapidinho a boca-pro-pênis. Todas as mulheres odeiam isso. Está a três passos de ser arrastada pelo cabelo para uma caverna. Se você quer que ela use a boca, use a sua; experimente falar sedutoramente com ela.

NÃO AVISAR ANTES DE GOZAR.
Esperma tem gosto de água do mar misturada com clara de ovo. Nem todo mundo gosta. Quando ela estiver fazendo sexo oral, avise-a antes de gozar para que ela possa fazer o que achar necessário.

FICAR SE MEXENDO DURANTE O SEXO ORAL.
Não empurre. É ela quem vai fazer todos os movimentos durante o boquete. Você apenas repousa. E não agarre a cabeça dela.

IMITAR ATITUDE DE FILME PORNÔ.
Nos filmes pornô, as mulheres adoram quando os homens ejaculam sobre elas. Na vida real, isso significa apenas mais roupa para ser lavada.

DEIXÁ-LA POR CIMA POR ERAS.
Pedir para que ela fique por cima é ótimo. Ficar deitado grunhindo enquanto ela faz todo o trabalho duro não é. Acaricie-a gentilmente, para que ela não se sinta inteiramente como um capitão de escuna. E deixe que ela descanse.

TENTAR FAZER SEXO ANAL E FINGIR QUE FOI UM ACIDENTE.

Foi desse jeito que os homens ganharam a reputação de não seguir a bula. Se você quer botar lá, peça primeiro. E nem pense que estar bêbado é desculpa.

TIRAR FOTOS.
Quando um homem diz, “Posso tirar uma foto sua?”, ela vai ouvir as palavras “- pra mostrar pra galera”. Pelo menos, deixe que ela fique com a posse das fotos.

NÃO TER IMAGINAÇÃO SUFICIENTE.
Imaginação vai desde desenhar padrões nas costas dela até derramar mel sobre ela e lambê-lo. Frutas, vegetais, gelo e plumas são todos dispositivos úteis; cera quente e tinta indelével, de jeito nenhum.

ESTAPEAR O SEU ESTÔMAGO CONTRA O DELA.
Não há barulho menos erótico. É tão sexy quanto um concurso de arrotos.

COLOCÁ-LA EM POSES ESTÚPIDAS.
Se ela quer fazer yoga avançada na cama, excelente, mas a menos que ela seja uma ginasta romena, não seja ambicioso demais. Pergunte-se se quer uma parceira sexual com os tendões torcidos.

PROCURAR PELA PRÓSTATA DELA.
Leia isto cuidadosamente: Estimulação anal é boa para os homens porque eles têm próstata. As mulheres não têm.

DAR-LHE MORDIDAS DE AMOR.
É extremamente erótico exercer alguma sucção gentil nos lados do pescoço, se você fizer isso com cuidado. Nenhuma mulher quer ter que usar golas rolê e echarpes vistosas por semana a fio.

LADRAR INSTRUÇÕES.
Não dê gritos de incentivo como um treinador com um megafone. Não é lá muito excitante.

FALAR PUTARIAS.
Faz com que você pareça um editor de revista solitário ligando para o Disque-Sexo. Se ela gosta de escutar sacanagem, você vai ficar sabendo.

NÃO SE IMPORTAR SE ELA JÁ GOZOU.
Você tem de terminar o serviço. Continue tentando até que o tenha feito direito, e ela poderá fazer o mesmo por você.

ESMAGÁ-LA.
Homens geralmente pesam mais do que mulheres, portanto se você ficar em cima dela um tanto pesadamente demais, ela acabará ficando roxa.

AGRADECER.
Nunca agradeça a uma mulher por fazer sexo com você. Seu quarto não é casa de caridade.